🎗️ 10 de Setembro – Dia Mundial de Prevenção do Suicídio
- jobssaudemental
- 10 de set.
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O Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, lembrado em 10 de setembro, é uma data de extrema relevância para a saúde pública e para a conscientização coletiva. O suicídio é uma das principais causas de morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e representa um fenômeno complexo, influenciado por fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Apesar de sua gravidade, ainda carrega estigmas que dificultam tanto a prevenção quanto o tratamento adequado.
O peso do silêncio
Uma das maiores barreiras para a prevenção é o tabu que envolve o tema. O medo de falar sobre suicídio, seja por receio de estimular a prática ou por constrangimento, acaba isolando ainda mais quem está em sofrimento. No entanto, estudos mostram que falar sobre o assunto de forma responsável pode salvar vidas, pois amplia a consciência, facilita o acesso a recursos de apoio e diminui a sensação de solidão das pessoas que pensam em desistir de viver.
Compreendendo o sofrimento
Ao contrário do senso comum, o suicídio não deve ser visto como “fraqueza” ou “falta de fé”. Ele está frequentemente associado a transtornos mentais, como depressão, transtorno bipolar e ansiedade grave, mas também pode ser desencadeado por experiências traumáticas, luto, violência, uso abusivo de substâncias, dificuldades financeiras ou isolamento social. Em geral, é o resultado de uma dor emocional intensa que parece insuportável e sem saída.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), amplamente utilizada na prática clínica, mostra que os pensamentos de desesperança e inutilidade, comuns em pessoas em risco, estão ligados a distorções cognitivas — formas rígidas e negativas de interpretar a realidade. O tratamento visa justamente reestruturar esses pensamentos, desenvolver estratégias de enfrentamento mais funcionais e ampliar a percepção de alternativas possíveis diante da dor.
Reconhecendo os sinais de alerta
Muitas vezes, quem pensa em suicídio dá sinais, ainda que discretos. Frases como “não aguento mais”, “minha vida não faz sentido” ou “vocês ficariam melhor sem mim” podem indicar um pedido de ajuda. Além disso, mudanças bruscas de comportamento, como isolamento social, perda de interesse em atividades antes prazerosas, alterações no sono e no apetite, podem ser alertas importantes. Reconhecer e levar esses sinais a sério é fundamental.
O papel da rede de apoio
A prevenção do suicídio não é responsabilidade apenas do indivíduo em sofrimento ou do profissional de saúde. Ela envolve também familiares, amigos, escolas, locais de trabalho e a sociedade como um todo. Uma rede de apoio sólida pode ser um fator de proteção: oferecer escuta empática, evitar julgamentos e incentivar a busca por tratamento já é um grande passo.
Pequenos gestos, como perguntar de forma genuína “como você está?”, estar presente em momentos difíceis ou simplesmente ouvir sem interromper, podem oferecer alívio para alguém que se sente invisível. A empatia tem um papel transformador.
Quebrando mitos
É importante desmistificar algumas ideias comuns:
Falar sobre suicídio não incentiva a prática. Pelo contrário, abre espaço para diálogo e cuidado.
Pedir ajuda não é sinal de fraqueza. É um ato de coragem diante da dor.
O sofrimento não é permanente. Com apoio adequado, novas formas de lidar com a vida podem ser construídas.
Onde buscar ajuda
No Brasil, o CVV – Centro de Valorização da Vida oferece apoio emocional gratuito e sigiloso pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br. Além disso, a busca por psicólogos e psiquiatras é essencial para acompanhamento especializado.
Conclusão
O Dia Mundial de Prevenção do Suicídio não é apenas uma data simbólica, mas um convite à responsabilidade coletiva. É um lembrete de que falar salva vidas, de que escutar com empatia faz diferença e de que cada pessoa pode ser um ponto de apoio para alguém em sofrimento.
💛 Sua vida importa. Você não está sozinho. Sempre é possível pedir ajuda, sempre existe um caminho a ser reconstruído.






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