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Adri de Oliveira

24 de Julho - Dia Internacional do Autocuidado

24 de julho é o Dia Internacional do Autocuidado, uma data que nos convida a refletir sobre a importância de olhar para si com responsabilidade, atenção e respeito. Ainda que o tema venha ganhando espaço, é comum associar autocuidado apenas a momentos de lazer, rotinas de beleza ou práticas pontuais. Mas a verdade é que cuidar de si vai muito além disso. É uma construção diária, silenciosa e essencial para manter o equilíbrio emocional, físico, mental e espiritual.

O que significa, de fato, autocuidado?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define autocuidado como a capacidade de indivíduos, famílias e comunidades promoverem saúde, prevenirem doenças e lidarem com o adoecimento com ou sem o apoio de um profissional. No cotidiano, isso se traduz em atitudes conscientes que têm como objetivo preservar o bem-estar e a qualidade de vida.

Autocuidar-se é observar-se, reconhecer necessidades, estabelecer limites e agir com gentileza consigo mesmo. É, acima de tudo, uma prática de autoconhecimento e autorresponsabilidade. Na psicologia, o autocuidado é frequentemente abordado como parte da regulação emocional e do fortalecimento da autoestima. Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), por exemplo, trabalhar o autocuidado envolve identificar pensamentos automáticos, crenças disfuncionais e padrões de comportamento que levam ao esgotamento ou ao autoabandono.

Autocuidado é amplo e multifacetado

Cuidar de si envolve mais do que uma dimensão. É importante pensar em quatro áreas principais: mental, emocional, física e espiritual. Cada uma delas merece atenção e práticas específicas no dia a dia.

Autocuidado mental

O autocuidado mental se refere à forma como lidamos com nossos pensamentos, como gerenciamos informações e como damos conta da complexidade do cotidiano. O excesso de estímulos e a constante cobrança por produtividade podem esgotar a mente e afetar diretamente a saúde emocional.

Algumas formas práticas de cuidar da saúde mental incluem evitar a sobrecarga de informações, limitar o uso de redes sociais, fazer pausas intencionais durante o trabalho, escrever para organizar os pensamentos e se permitir não ser produtivo o tempo todo. Pequenas atitudes como silenciar notificações, ler algo leve ou simplesmente respirar profundamente já ajudam a restaurar o equilíbrio interno.

Autocuidado emocional

Essa dimensão envolve o modo como acolhemos e lidamos com nossas emoções. Muitas vezes, aprendemos a esconder sentimentos ou minimizá-los, mas emoções não desaparecem quando são ignoradas. Elas precisam ser reconhecidas, validadas e, sempre que possível, expressas de forma segura.

Praticar o autocuidado emocional significa desenvolver a autoescuta, identificar o que está sentindo e buscar formas saudáveis de expressão. Isso pode incluir conversar com alguém de confiança, escrever, ouvir música, pintar, cozinhar ou simplesmente permitir-se sentir tristeza, raiva ou medo sem julgamento. O importante é lembrar que todas as emoções são legítimas e fazem parte da experiência humana.

Autocuidado físico

O corpo é diretamente impactado pelas nossas emoções e pensamentos. E, ao mesmo tempo, cuidar do corpo influencia positivamente nossa saúde mental. O autocuidado físico envolve mais do que estética: diz respeito ao sono, à alimentação, ao movimento e ao descanso.

Alguns exemplos de práticas simples: movimentar-se ao longo do dia, caminhar ao ar livre, dormir em horários regulares, manter uma alimentação equilibrada e beber água com frequência. Ouvir o corpo, respeitar sinais de cansaço e não naturalizar o esgotamento também são formas importantes de autocuidado.

Autocuidado espiritual

Independentemente de religião, o autocuidado espiritual se refere à busca por sentido, conexão interior e valores pessoais. Trata-se de nutrir a dimensão mais profunda da existência, aquela que nos conecta a algo maior do que nós mesmos.

Cuidar da espiritualidade pode significar meditar, rezar, contemplar a natureza, praticar a gratidão, refletir sobre escolhas e valores, buscar silêncio e presença. Também pode incluir atitudes altruístas, como fazer o bem a alguém sem esperar nada em troca. O autocuidado espiritual ajuda a desenvolver serenidade, propósito e equilíbrio emocional.

Autocuidado é construção, não evento

Um dos maiores mitos sobre o autocuidado é a ideia de que ele exige tempo livre, dinheiro ou uma vida sem problemas. Na realidade, o autocuidado mais poderoso é aquele praticado nas pequenas escolhas do dia a dia. É dizer “não” quando necessário, desligar o celular para descansar, preparar uma refeição nutritiva mesmo em meio à correria, ou simplesmente não se cobrar tanto.

Autocuidar-se é agir em favor da própria saúde mesmo quando o mundo pede pressa. É proteger sua energia e manter seu bem-estar como prioridade. E isso não tem nada a ver com egoísmo. Pelo contrário: quanto mais cuidamos de nós, mais inteiros conseguimos estar para a vida e para as pessoas ao nosso redor.

Por que muitas pessoas têm dificuldade em se autocuidar?

A cultura do desempenho, a idealização da produtividade constante e a culpa associada ao descanso são alguns dos fatores que dificultam a prática do autocuidado. Muitas pessoas carregam crenças disfuncionais, como “eu só mereço descansar quando tudo estiver feito” ou “me colocar em primeiro lugar é sinal de egoísmo”.

Na Terapia Cognitivo-Comportamental, é comum trabalharmos essas crenças e ajudarmos o paciente a reconhecer que o cuidado com a própria saúde é um ato de responsabilidade. Ninguém consegue oferecer o melhor de si quando está emocionalmente esgotado ou fisicamente sobrecarregado.

Autocuidado também é prevenção

Cuidar de si não significa apagar incêndios quando tudo já está desorganizado. É, principalmente, uma forma de prevenir adoecimentos e manter o equilíbrio emocional. Quando cultivamos práticas consistentes de autocuidado, desenvolvemos maior resiliência, autoconhecimento e capacidade de lidar com os desafios da vida com mais clareza e estabilidade.

Conclusão

Autocuidar-se é mais do que um ato individual — é uma atitude de respeito à própria história, aos próprios limites e às próprias necessidades. Neste 24 de julho, o convite é simples: escolha ao menos uma atitude de cuidado com você e coloque-a em prática. Pode ser beber mais água, dormir mais cedo, não responder aquela mensagem na hora, sair para caminhar ou simplesmente parar por cinco minutos para respirar.

Você não precisa mudar tudo de uma vez. Comece com o que é possível. E lembre-se: autocuidado não é sobre perfeição, é sobre presença.

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