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Adri de Oliveira

Dependência emocional ou amor? Como diferenciar à luz da Terapia Cognitivo-Comportamental

Amar alguém pode ser uma das experiências mais intensas da vida humana. No entanto, quando o amor se mistura ao medo da perda, à insegurança e à autonegação, é importante refletir: estamos falando de amor saudável ou de dependência emocional?

Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), compreendemos que o modo como uma pessoa se relaciona está profundamente ligado aos seus padrões de pensamento, às suas crenças centrais e à forma como ela interpreta o mundo, os outros e a si mesma.

A dependência emocional é um padrão comportamental no qual a pessoa sente que precisa da presença, atenção ou aprovação do outro para se sentir bem, segura ou completa. Esse tipo de vínculo geralmente envolve medo intenso de rejeição ou abandono, dificuldade em estabelecer limites e uma tendência a se anular emocionalmente para manter o relacionamento. Há um desejo constante de agradar o outro, mesmo à custa de sofrimento pessoal.

Em contrapartida, o amor saudável é pautado na liberdade, na construção mútua e na presença de autonomia emocional. Ele permite a expressão das individualidades, o respeito às diferenças e o crescimento pessoal dentro da relação. O amor maduro não exige que o outro “complete” o parceiro — ele reconhece que ambos são inteiros e caminham juntos por escolha, não por necessidade.

Entre os principais sinais de dependência emocional, podemos destacar:

  • Medo constante de que o relacionamento termine;

  • Sentimento de vazio quando o outro não está presente;

  • Baixa autoestima e autopercepção distorcida;

  • Dificuldade em tomar decisões sozinho(a);

  • Idealização excessiva do parceiro(a);

  • Comportamentos de submissão ou autocancelamento.

Esses sinais geralmente têm raízes em crenças centrais negativas, como “não sou suficiente”, “sou incapaz de ser amado(a)” ou “só sou valioso(a) se estiver em um relacionamento”. Essas crenças, muitas vezes inconscientes, são construídas ao longo da vida, influenciadas por vivências passadas, especialmente na infância e adolescência.

A autoestima exerce um papel fundamental nesse cenário. Pessoas com autoestima fragilizada tendem a buscar no outro a validação que não conseguem encontrar em si mesmas. A dependência emocional, então, surge como uma tentativa de preencher esse vazio interno — ainda que de forma disfuncional.

A boa notícia é que esse ciclo pode ser interrompido. A TCC oferece recursos terapêuticos eficazes para:

  • Identificar e reestruturar pensamentos automáticos disfuncionais;

  • Trabalhar crenças centrais rígidas e negativas;

  • Desenvolver habilidades de regulação emocional e assertividade;

  • Fortalecer a autoestima e a autonomia emocional.

Reconhecer os próprios padrões é o primeiro passo. Com acompanhamento terapêutico, é possível construir uma relação mais saudável consigo mesmo(a) e, consequentemente, com os outros.

Se você se identificou com este texto, saiba que não está sozinho(a). Buscar ajuda não é fraqueza — é um ato de coragem e cuidado.

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